Embora
Portugal seja um país com uma precipitação média anual da ordem dos 700 mm, a
distribuição irregular gera problemas de escassez de água no período de abril a
setembro, com particular incidência no sul e interior centro e norte.
Neste
contexto o regadio surge como uma componente fundamental para a agricultura,
sem o qual não é possível um conveniente desenvolvimento vegetativo das
culturas de primavera-verão e, em consequência, a obtenção de níveis de
rendimento que fixem as populações agrícolas, contrariando a progressiva
desertificação das regiões do interior e evitando que engrossem as fileiras
daqueles que afluem aos grandes centros urbanos à procura de melhores condições
de vida.
Em muitos
casos, o regadio pressupõe a construção de importantes infra-estruturas de
armazenamento, tais como barragens e açudes, para garantir a existência de
suficientes reservas de água nos períodos de escassez.
Todavia,
importa sublinhar, que a necessidade de recorrer ao regadio, não invalida que
se apliquem medidas tendentes a garantir um uso eficiente da água por parte de
todos os utilizadores, dado que a água é um bem inestimável que desempenha uma
primordial importância em questões económicas, sociais e ambientais, tanto mais
significativa quanto a sua escassez se faça sentir.
Por outro
lado, as expectáveis alterações climáticas, com subidas de temperatura
consideráveis e aumento da irregularidade da precipitação, aumentarão ainda
mais no futuro a dependência do regadio dos países mediterrânicos.
Ferreira
de Aves tem sistemas de regadios centenários que estão dotados em grande parte
ao abandono.
Falta de
limpeza, necessidade de requalificação e acima de tudo falta de vontade
politica para inverter tal situação.
Mas
também os privados têm que contribuir, tem que se criar parceria entre as
populações e a autarquia local de forma a conseguir criar uma rede de
manutenção e melhoramento de um bem que além de ser um património de todos, é
uma mais-valia, que tem que ser preservada e melhorada.
O
Projecto “Ferreira de Aves para todos” está atento a este problema, e esperamos
contar com a colaboração de todos, para encontrar uma solução que ajude a
cuidar do nosso património de Regadio e Hidroagrícola.
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