quarta-feira, 24 de maio de 2017

Um passo de cada vez…




Todos os dias acordamos com mil e um problemas tanto de ordem local como nacional, problemas que parecem inevitavelmente não sair do nosso dia-a-dia.
Dizem que querem refundar o País, que devemos gerir melhor as nossas economias, não desperdiçar, consumir de acordo com as nossas possibilidades, ter iniciativa e espírito empreendedor, se possível poupar, se não for possível até emigrar.
Mas qual é a nossa vontade? Qual a verdade? Que se pode fazer? Porque não fazer politica Autárquica?
Fazer política é afinal funcionar no coletivo, aproveitar todos os descontentes e mudar, identificando necessidades e problemas, congregando esforços e recursos, mobilizando projetos e estratégias para a sua resolução dos problemas.
E porque não começar por resolver os problemas que nos são mais próximos? Usar o propósito do serviço público, a luta pela justiça nas oportunidades e na qualidade de vida para todos.
Fazer política deve ser um ato nobre, que nos permita melhorar a vida te todos, não usando malabarismos para prejudicar ninguém. A política permite quando bem-feita e com transparência, obter tudo que como portugueses ambicionamos: emprego, revitalização económica, inovação e criatividade, acesso à educação, saúde, cultura, desporto e lazer, preservação do património.
Não tenhas dúvidas se deves ou não fazer politica, se podes ser olhado de lado, deves seguir a tua vontade.
A política autárquica é um bom começo, e se ainda tens dúvidas se deves ou não participar deixo aqui algumas razões para o fazer:

-Podemos promover a transparência e a avaliação conjunta das práticas políticas, dos que estão no poder e no caso de serem eleitos podes dar o vosso contributo sempre positivo para mudar o estado das coisas.
-Transmitir e dar o direito de independência a todos os que querem mudar as coisas, que têm um projecto diferente. Ou seja, impedir que a cor possa impedir a viabilidade de uma ideia.
-construir projectos estruturantes realistas, recusando a promoção de intenções programáticas populistas quase sempre desarticuladas e sem possibilidade prática de concretização, de propaganda fácil ou roçando a megalomania dos interesses das lideranças;
-valorizar e mobilizar os recursos humanos locais, colocando a experiência de vida, a competência, a indignação, a criatividade para a mudança em lugar do “carreirismo e do clientelismo”, do medo e da passividade ou apatia;
-enriquecer a campanha política com princípios de animação socio-educativa e socio-cultural, encarando-a como uma oportunidade para debater e esclarecer ideias, para enriquecer e motivar as participações colectivas, onde todos sejam necessários e funcionem como equipa, recusando as estratégias de puro marketing político e eleitoral que encenam as lideranças e “mastigam e deitam fora” as audiências (pois concebem-nas como instrumentos de ascensão política e nunca como eleitores que é sempre necessário ouvir para modelar e satisfazer expectativas).

Não podemos adormecer na submissão…!
Mudar um passo de cada vez.



Ricardo Santos

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